quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

INTENÇÃO MISSIONÁRIA PARA O MÊS DE FEVEREIRO DE 2011

"Para que nos territórios de missão onde é mais urgente a luta contra as doenças, as comunidades cristãs saibam testemunhar a presença de Cristo junto dos sofredores."

Durante sua vida terrena, Jesus sempre esteve próximo ao sofrimento humano. A experiência da cura dos enfermos ocupou boa parte de sua missão pública. Para Ele levaram os doentes, os aleijados, os cegos e leprosos. Uma cadeia de dor vivida muitas vezes na exclusão social e considerado o resultado do pecado pessoal ou de seus pais (Cf. Jo 9, 2). Santo Agostinho amava chamar Jesus de "o médico humilde". Ele atravessou passou pelo mundo fazendo o bem e curando as doenças. Bento XVI disse: "Apesar de a doença fazer parte da experiência humana, a ele não conseguimos nos acostumar, não só porque às vezes é realmente pesada e grave, mas essencialmente porque somos criados para a vida, para a vida completa. Justamente, o nosso instinto interior nos faz pensar em Deus como plenitude de vida, aliás, como Vida eterna e perfeita (Angelus de 8 de fevereiro de 2009). Às vezes a dor e impotência causada pela doença podem colocar à prova a fé. Os fiéis têm o dever de ajudar seus irmãos a encontrar o significado do sofrimento na cruz de Jesus Cristo e continuar a rezar para pedir a Deus a graça de "saber sofrer". Precisamos ser para eles a proximidade de Deus na dor. Diante da pergunta colocada pela doença, Deus respondeu em Cristo Jesus: "Deus - que nos revelou seu rosto - é o Deus da vida que nos liberta de todo mal. Os sinais de sua força de amor são as curas que realiza demonstra assim que o Reino de Deus está próximo, restituindo aos homens e mulheres sua integridade de espírito e corpo” (Bento XVI, ibid). Mas essas curas físicas não um fim a si mesmo. São sinais que falam da necessidade de uma cura mais profunda. A doença mais grave que afeta os seres humanos de todos os tempos é a ausência de Deus, fonte da verdade e do amor. Em Cristo, Deus se tornou Bom Samaritano para nós. Através da encarnação tornou-se o "nosso próximo", ele nos pegou sobre seus ombros de Bom Pastor e nos trouxe para a estalagem, que é símbolo da Igreja. Ele curou as nossas feridas com o óleo dos sacramentos, para recuperar a nossa saúde. Falando do sentido pleno do ministério de Cristo, o Papa afirma que "só a reconciliação com Deus pode nos dar a verdadeira cura, a verdadeira vida, porque uma vida sem Amor sem verdade não seria a vida. O Reino de Deus é precisamente a presença de verdade e do amor, e assim é cura no profundo de nosso ser. Entende-se, portanto, porque a sua pregação e as curas que faz estejam sempre unidas: formam uma única mensagem de esperança e salvação" (Bento XVI, ibid.). O ministério de Cristo continua na Igreja. Ela continua a curar o ser humano com a graça dos sacramentos, enquanto, envolvida em milhares de atividades beneficentes, atenua a dor daqueles que sofrem, sendo para eles a presença amorosa de Deus Rezemos para que muitos cristãos - sacerdotes, religiosos e leigos - que cuidam dos doentes em várias partes do mundo, continuem sendo as mãos e o coração de Cristo para seus irmãos nos países de missão. “Todas as vezes que vocês fizeram isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeram”. (Mt 25, 40).

Fonte: Agência Fides

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

INTENÇÃO MISSIONÁRIA PARA O MÊS DE JANEIRO DE 2011

“Para que os cristãos possam obter a plena unidade, testemunhando a todo gênero humano a paternidade universal de Deus”

O Papa Bento XVI anunciou repetidamente que um dos principais objetivos do seu pontificado é o trabalho ecumênico, continuar a progredir para alcançar a unidade que Cristo deseja: "que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste" (Jo 17, 21). Em 1910, a Conferência teve lugar em Edimburgo, onde se reuniram mais de mil missionários pertencentes a diferentes ramos do protestantismo e anglicanismo, aos quais se uniram um hóspede ortodoxo. Eles queriam refletir juntos sobre a necessidade de alcançar a unidade para anunciar de forma crível o Evangelho de Jesus Cristo. O desejo de anunciar Cristo a outros e levar ao mundo sua mensagem de reconciliação, faz experimentar a contradição da divisão entre os cristãos. Como os incrédulos poderão aceitar a proclamação do Evangelho, se os cristãos não estão unidos entre si? A comunhão e a unidade dos discípulos de Cristo é uma condição particularmente importante para a credibilidade e para que o seu testemunho seja eficaz. A unidade é um dom que devemos implorar ao Pai da Misericórdia. É realmente triste que a divisão que trouxe o pecado continue a estar presente na Igreja de Cristo. É necessário, portanto, juntamente com a oração, um diálogo sincero, a fim de caminhar para a unidade. O Filho de Deus morreu na cruz para destruir o muro de separação, para unir todas as ovelhas dispersas de Israel. É o poder da cruz que pode recriar a unidade perdida, que pode consertar as lacerações que os homens fizeram na túnica inconsútil de Cristo. Cristo crucificado é a ponte que cruza o abismo que nos separa de Deus, e abre um novo e vivo caminho para o Pai. Nascido de mulher, crucificado por nossos pecados, ressuscitado para nossa justificação, o Filho eterno nos dá a oportunidade de sermos filhos e herdeiros Nele. Num mundo marcado pela indiferença religiosa e também por uma crescente aversão à fé cristã, precisamos de uma nova e intensa evangelização, não só entre pessoas que nunca conheceram o Evangelho, mas também onde o cristianismo foi difundido e faz parte da história. Por esta razão o Santo Padre Bento XVI, na celebração das Vésperas, que concluiu a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2010, disse: "Enquanto nós estamos no caminho rumo à plena comunhão, somos chamados a oferecer um testemunho comum diante dos desafios sempre mais complexos do nosso tempo, como a secularização e a indiferença, o relativismo e o hedonismo, as delicadas questões éticas sobre o início e o fim da vida, os limites da ciência e da tecnologia, o diálogo com outras tradições religiosas. Existem outras áreas em que devemos agora dar um testemunho comum: a proteção da criação, a promoção da defesa do bem comum e da paz, a defesa da centralidade da pessoa humana, o compromisso de superar as misérias do nosso tempo, como a fome, o analfabetismo, a pobreza, a desigualdade na distribuição de bens"(Homilia na Basílica de São Paulo, 25 de janeiro de 2010). Somente chegando a ser uma família em Cristo, os cristãos poderão testemunhar a única paternidade de Deus, e ao mesmo tempo, só onde os homens reconhecem Deus como Pai pode realmente existir uma verdadeira fraternidade. Não pode haver nenhuma família se não existe um Pai comum. A nossa oração deve ser perseverante e confiante, porque se baseia no poder de Cristo. A sua cruz quebre as barreiras que construímos, para que exista um só rebanho e um só pastor (cf. Jo 10, 16) e o mundo creia.

Fonte: Agência Fides