quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Xaverianos contestam relatório da ONU sobre guerra congolesa


Os missionários xaverianos na República Democrática do Congo manifestaram seu repúdio a um relatório das Nações Unidas destinado ao Conselho de Segurança. O documento trata do embargo de armas destinadas aos grupos armados que atuam no leste e sobre a exploração ilegal dos recursos minerais.

Apesar de "estritamente confidencial", muitos órgãos de imprensa publicaram trechos do relatório, em que associações humanitárias e indivíduos, missionários inclusive, teriam contribuído para financiar as Forças Democráticas de Libertação de Ruanda (FDLR). O relatório faz referência a uma ajuda de dois dólares de dois missionários italianos para a compra de telas de plástico para os tetos de cabanas improvisadas, de remédios e material didático.

"É prioritário olhar para o grande número de refugiados civis, um povo errante que há 15 anos vagueia e sobrevive nas florestas. Cercado pela guerra e esquecido pelas organizações humanitárias internacionais, incluindo a ONU, os refugiados civis não tinham realmente nenhum direito à assistência? Segundo a lógica do relatório, portanto, deveriam deixar esta gente morrer de fome, de frio e de doenças somente porque estão na área dos vencidos?" - afirma uma nota divulgada ontem pela Casa Geral dos Xaverianos.

"A imprensa dedicou muitas linhas a esses últimos casos, extrapolando os fatos do contexto e interpretando-os de modo grosseiro e tendencioso. Pergunta-se o porquê disso. Não há o risco de descarregar nos missionários e nas pequenas associações humanitárias a constrangedora e escandalosa participação de conhecidas sociedades mineradoras e governos ocidentais, e mais, na perversa combinação de exploração ilegal dos recursos, comércio clandestino de armas, estratégias geopolíticas e continuação do conflito?" – reagem os missionários. (BF)

Fonte: Radio Vaticano

domingo, 15 de novembro de 2009

INTENÇÃO MISSIONÁRIA PARA O MÊS DE NOVEMBRO - 2009

“Que os fiéis das diversas religiões, com o testemunho de vida e mediante um diálogo fraterno, dêem uma clara demonstração que o nome de Deus é portador de paz”



Comentário sobre a Intenção missionária, indicada pelo Santo Padre para o mês de novembro de 2009


A paz é um dos valores que o nosso mundo mais necessita. Os conflitos bélicos sucederam-se no último século, como nunca tinha acontecido em nenhuma outra época da história. Morte, destruição, divisão e ódio são os frutos terríveis deste flagelo. A violência gera violência, e os homens destroem-se uns aos outros. O homem contemporâneo busca a paz e tem necessidade dela, para se reconstruir interiormente.

Os fiéis devem ser portadores de paz, porque Deus é o Deus da paz. Não poderá existir esta paz, se cada um se preocupar exclusivamente com seus próprios interesses e não trabalhar para o bem comum. Na sua visita à Terra Santa, em maio deste ano, o Papa Bento XVI recordou que a paz é antes de tudo um dom divino, que deve ser buscado com todo o coração. Desta afirmação entende-se que a paz deve ser implorada, pedida, pois é um dom divino, e ao mesmo tempo deve também ser buscada, pois ela exige o esforço dos homens. Jesus chama “bem-aventurados” e autênticos filhos de Deus os que trabalham pela paz.

O Concílio Vaticano II, falando das outras religiões, na declaração Nostra Aetate, afirma: “A Igreja Católica não rejeita o que tem de verdadeiro e santo nessas religiões. Ela considera com sincero respeito seu modo de agir e de viver, os preceitos e as doutrinas que, embora se diferenciem em muitos pontos daquilo em que ela mesma crê e propõe, não raramente refletem um raio daquela verdade que ilumina todos os homens. Todavia, ela anuncia e deve anunciar o Cristo, que é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6), no qual os homens devem encontrar a plenitude da vida religiosa e no qual Deus reconciliou consigo mesmo todas as coisas” (NA 2).

No diálogo com as outras religiões, a Igreja não pretende tornar relativas as verdades definitivas da revelação divina que recebeu. Não pretende apresentar o Cristo como um caminho de salvação entre outros. De fato, não nos foi dado sob o céu nenhum outro nome pelo qual possamos ser salvos. Mantendo esta unicidade da mediação salvífica do Cristo, a Igreja, no entanto, “exorta seus filhos, para que, com prudência e caridade, por meio do diálogo e da colaboração com os seguidores de outras religiões, dando testemunho da fé e da vida cristã, reconheçam, conservem e façam progredir os valores espirituais, morais e socioculturais que se encontram nelas” (NA 2).

Para o Papa Bento XVI, “a contribuição particular das religiões na busca da paz fundamenta-se antes de tudo na busca entusiasta e concorde de Deus” (visita de cortesia ao presidente do Estado de Israel em 11 de maio), pois é a presença dinâmica de Deus que reúne os corações e assegura a unidade.

Voltando de sua peregrinação à Terra Santa, encontrando os jornalistas no avião, o Santo Padre afirmou: “Encontrei em todos os lugares, em todos os ambientes, muçulmanos, cristãos, judeus, uma decidida disponibilidade ao diálogo interreligioso, ao encontro, à colaboração entre as religiões. É importante que todos vejam isto não apenas como uma ação – digamos – inspirada por motivos políticos, mas como fruto do próprio núcleo da fé, porque crer em um único Deus que nos criou a todos, Pai de todos nós, crer neste Deus que criou a humanidade como uma família, crer que Deus é amor e quer que o amor seja a força dominante no mundo, implica este encontro, esta necessidade do encontro, do diálogo, da colaboração como exigência da própria fé” (vôo papal em 15 de maio).

Na ordem social, a paz implica a busca da justiça, da integridade e da segurança. Para promover estes valores existe um único caminho possível, que é vivê-los. O Papa afirmou que para construir a paz é necessário “olhar o outro nos olhos e reconhecer o ‘tu’ como meu semelhante, meu irmão, minha irmã” (visita de cortesia ao presidente do Estado de Israel em 11 de maio). Se os fiéis viverem em paz e procurarem a paz, a sociedade se transformará.

Um valor fundamental para construir a paz é o perdão. Somente quem tem a força e a humildade de perdoar pode ser arauto da paz. O rancor gera divisão interior e violência. O perdão gera a paz interior, reconstrói o homem e torna-o forte, à imagem do Deus Onipotente, que é misericórdia e perdão.

Na nossa oração deste mês, pedimos, portanto a Santa Maria, mãe de todos os homens, Rainha da Paz, que interceda pelos seus filhos, para que a busca sincera “de tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável” faça que “o Deus da paz” esteja sempre conosco (cf. Fl 4,8-9).

Fonte: Agência Fides

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O DIA MISSIONÁRIO MUNDIAL DE 2009 - (18 de Outubro)

"As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24)


Neste domingo dedicado às missões, me dirijo sobretudo a vós, Irmãos no ministério episcopal e sacerdotal, e também aos irmãos e irmãs do Povo de Deus, a fim de vos exortar a reavivar em si a consciência do mandato missionário de Cristo para que "todos os povos se tornem seus discípulos" (Mt 28,19), seguindo as pegadas de São Paulo, o Apóstolo dos Gentios.

"As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24). O objetivo da missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos em seu caminhar na história rumo a Deus, pois Nele encontramos a sua plena realização. Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos, com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus.

É nesta perspectiva que os discípulos de Cristo espalhados pelo mundo trabalham, se dedicam, gemem sob o peso dos sofrimentos e doam a vida. Reitero com veemência o que muitas vezes foi dito pelos meus Predecessores: a Igreja não age para ampliar o seu poder ou reforçar o seu domínio, mas para levar a todos Cristo, salvação do mundo. Pedimos somente de nos colocar a serviço da humanidade, sobretudo da daquela sofredora e marginalizada, porque acreditamos que "o compromisso de anunciar o Evangelho aos homens de nosso tempo... é sem dúvida alguma um serviço prestado à comunidade cristã, mas também a toda a humanidade"(Evangelii nuntiandi, 1), que "apesar de conhecer realizações maravilhosas, parece ter perdido o sentido último das coisas e de sua própria existência"(Redemptoris missio, 2).

1. Todos os Povos são chamados à salvação

Na verdade, a humanidade inteira tem a vocação radical de voltar à sua origem, que é Deus, somente no Qual ela encontrará a sua plenitude por meio da restauração de todas as coisas em Cristo. A dispersão, a multiplicidade, o conflito, a inimizade serão repacificadas e reconciliadas através do sangue da Cruz e reconduzidas à unidade.

O novo início já começou com a ressurreição e a exaltação de Cristo, que atrai a si todas as coisas, as renova, as tornam participantes da eterna glória de Deus. O futuro da nova criação brilha já em nosso mundo e acende, mesmo se em meio a contradições e sofrimentos, a nossa esperança por uma vida nova. A missão da Igreja é "contagiar" de esperança todos os povos. Por isto, Cristo chama, justifica, santifica e envia os seus discípulos para anunciar o Reino de Deus, a fim de que todas as nações se tornem Povo de Deus. É somente nesta missão que se compreende e se confirma o verdadeiro caminho histórico da humanidade. A missão universal deve se tornar uma constante fundamental na vida da Igreja. Anunciar o Evangelho deve ser para nós, como já dizia o apóstolo Paulo, um compromisso impreterível e primário.

2. Igreja peregrina

A Igreja Universal, sem confim e sem fronteiras, se sente responsável por anunciar o Evangelho a todos os povos (cfr. Evangelii nuntiandi, 53). Ela, germe de esperança por vocação, deve continuar o serviço de Cristo no mundo. A sua missão e o seu serviço não se limitam às necessidades materiais ou mesmo espirituais que se exaurem no âmbito da existência temporal, mas na salvação transcendente que se realiza no Reino de Deus. (cfr. Evangelii nuntiandi, 27). Este Reino, mesmo sendo em sua essência escatológico e não deste mundo (cfr. Jo 18,36), está também neste mundo e em sua história é força de justiça, paz, verdadeira liberdade e respeito pela dignidade de todo ser humano. A Igreja mira em transformar o mundo com a proclamação do Evangelho do amor, "que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir e... deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo" (Deus caritas est, 39). Esta é a missão e o serviço que, também com esta Mensagem, chamo a participar todos os membros e instituições da Igreja.

3. Missio ad gentes

A missão da Igreja é chamar todos os povos à salvação realizada por Deus em seu Filho encarnado. É necessário, portanto, renovar o compromisso de anunciar o Evangelho, fermento de liberdade e progresso, fraternidade, união e paz (cfr. Ad gentes, 8). Desejo "novamente confirmar que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja"(Evangelii nuntiandi, 14), tarefa e missão que as vastas e profundas mudanças da sociedade atual tornam ainda mais urgentes. Está em questão a salvação eterna das pessoas, o fim e a plenitude da história humana e do universo. Animados e inspirados pelo Apóstolo dos Gentios, devemos estar conscientes de que Deus tem um povo numeroso em todas as cidades percorridas também pelos apóstolos de hoje (cfr. At 18, 10). De fato, "a promessa é em favor de todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar "(At 2,39).

Toda a Igreja deve se empenhar na missio ad gentes, enquanto a soberania salvífica de Cristo não está plenamente realizada: "Agora, porém, ainda não vemos que tudo lhe esteja submisso"(Hb 2,8).

4. Chamados a evangelizar também por meio do martírio

Neste dia dedicado às missões, recordo na oração aqueles que fizeram de suas vidas uma exclusiva consagração ao trabalho de evangelização. Menciono em particular as Igrejas locais, os missionários e missionárias que testemunham e propagam o Reino de Deus em situações de perseguição, com formas de opressão que vão desde a discriminação social até a prisão, a tortura e a morte. Não são poucos aqueles que atualmente são levados à morte por causa de seu "Nome". É ainda de grande atualidade o que escreveu o meu venerado Predecessor Papa João Paulo II: "A comemoração jubilar descerrou-nos um cenário surpreendente, mostrando o nosso tempo particularmente rico de testemunhas, que souberam, ora dum modo ora doutro, viver o Evangelho em situações de hostilidade e perseguição até darem muitas vezes a prova suprema do sangue" (Novo millennio ineunte, 41).

A participação na missão de Cristo, de fato, destaca também a vida dos anunciadores do Evangelho, aos quais é reservado o mesmo destino de seu Mestre. "Lembrem-vos do que eu disse: nenhum empregado é maior do que seu patrão. Se perseguiram a mim, vão perseguir a vós também " (Jo 15,20). A Igreja se coloca no mesmo caminho e passa por tudo aquilo que Cristo passou, porque não age baseando-se numa lógica humana ou com a força, mas seguindo o caminho da Cruz e se fazendo, em obediência filial ao Pai, testemunha e companheira de viagem desta humanidade.

Às Igrejas antigas como as de recente fundação, recordo que são colocadas pelo Senhor como sal da terra e luz do mundo, chamadas a irradiar Cristo, Luz do mundo, até os extremos confins da terra. A missio ad gentes deve ser a prioridade de seus planos pastorais.

Agradeço e encorajo as Pontifícias Obras Missionárias pelo indispensável trabalho a serviço da animação, formação missionária e ajuda econômica às jovens Igrejas. Por meio destas instituições pontifícias, se realiza de forma admirável a comunhão entre as Igrejas, com a troca de dons, na solicitude recíproca e na comum projetualidade missionária.

5. Conclusão

O impulso missionário sempre foi sinal de vitalidade de nossas Igrejas (cfr. Redemptoris missio, 2). É preciso, todavia, reafirmar que a evangelização é obra do Espírito, e que antes mesmo de ser ação, é testemunho e irradiação da luz de Cristo (cfr. Redemptoris missio, 26) através da Igreja local, que envia os seus missionários e missionárias para além de suas fronteiras. Rogo a todos os católicos para que peçam ao Espírito Santo que aumente na Igreja a paixão pela missão de proclamar o Reino de Deus e ajudar os missionários, as missionárias e as comunidades cristãs empenhadas nesta missão, muitas vezes em ambientes hostis de perseguição.

Ao mesmo tempo, convido todos a darem um sinal crível da comunhão entre as Igrejas, com uma ajuda econômica, especialmente neste período de crise que a humanidade está vivendo, a fim de colocar as jovens Igrejas em condições de iluminar as pessoas com o Evangelho da caridade.

Nos guie em nossa ação missionária a Virgem Maria, Estrela da Evangelização, que deu ao mundo Cristo, luz das nações, para que leve a salvação "até aos extremos da terra"(At 13,47).

A todos, a minha Bênção.

Cidade do Vaticano, 29 de junho de 2009


BENEDICTUS PP. XVI

Fonte: www.vatican.va

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

MÊS DE OUTUBRO – MÊS DAS MISSÕES

INTENÇÃO MISSIONÁRIA
“Para que todo o Povo de Deus, por quem foi confiado a Cristo o mandato de ir e pregar o Evangelho a cada criatura, assuma com empenho a sua própria responsabilidade missionária e considere-a como o mais elevado serviço que pode oferecer à humanidade”.


Comentário à Intenção Missionária indicada pelo Santo Padre para o mês de outubro de 2009

Jesus Cristo foi enviado pelo Pai para a salvação dos homens. “Deus, de fato, não mandou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas confia à Igreja o mandato de prolongar a sua missão no mundo. “Ide, pois, e fazei discípulos todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19). Nos anos seguintes ao Concílio Vaticano II, disseminaram-se algumas correntes teológicas que, mal interpretando os textos conciliares, tentavam pôr em dúvida a necessidade da missão Ad Gentes. Consideravam que pregar a fé a outros homens era um atentado à sua liberdade. O Concílio afirmou: “Nem a divina Providência nega a ajuda necessária para a salvação daqueles que ainda não chegaram ao claro entendimento e reconhecimento de Deus, mas se esforçam, não sem a graça divina, para levar uma vida reta” (LG, 16). Por que então pregar o Evangelho se eles já podem conseguir a salvação?
Em sua Mensagem para o Dia Missionário Mundial 2009, que será celebrado no domingo, 18 de outubro, o Santo Padre Bento XVI recorda que a Igreja não prega o Evangelho por ânsia de poder ou domínio das pessoas: “Reafirmo com força muitas vezes o que foi dito pelos meus veneráveis Antecessores: a Igreja não age para ampliar o seu poder ou afirmar o seu domínio, mas para levar a todos o Cristo, salvação do mundo” (Mensagem para o Dia Missionário de 2009, introdução). Ao contrário: conhecer Cristo é encontrar a liberdade! Todos os homens têm direito de receber a Boa Notícia do amor de Deus e de alcançar a plenitude humana ao chegarem a ser filhos de Deus.
A Igreja tem uma vocação de serviço, à imagem do seu Mestre, que “não veio para ser servido, mas para servir”. Assim, o Santo Padre afirma: “Nós não queremos mais do que nos colocar a serviço da humanidade, especialmente daquela que mais sofre e é marginalizada” (Mensagem para o Dia Missionário de 2009, introdução).
A humanidade dos nossos tempos está vivenciando um desenvolvimento impensável no âmbito das ciências e da técnica, ao mesmo tempo, parece sofrer de um grave esquecimento dos valores mais profundos do homem. João Paulo II afirmava na encíclica “Redemptoris Missio”, que o homem contemporâneo perdeu o sentido das realidades principais e da sua própria existência (cfr RM, 2). Sendo assim, é parte essencial da missão da Igreja iluminar o caminho do homem apresentando Cristo, Luz de todos os povos.
“A humanidade inteira, na verdade, tem a vocação radical de retornar à sua origem, que é Deus, no Qual somente encontrará o seu cumprimento final por meio da restauração de todas as coisas em Cristo” (Mensagem para o Dia Missionário de 2009, n.1). A Igreja recebeu esta missão e não pode não ser fiel a ela. Anunciar Cristo não é uma tarefa qualquer, é o centro da vida e da missão da Igreja. A missão universal deve converter-se e uma constante fundamental da vida da Igreja. Anunciar o Evangelho, recorda ainda o Santo Padre, deve ser para nós, como foi para o Apóstolo Paulo, um empenho improrrogável e primordial.
A missão é tão essencial para a Igreja que os seus membros devem estar dispostos a dar testemunho de Cristo mesmo ao preço de sacrificar a própria vida. O sangue continua a ser o testemunho mais eloquente do amor por Deus e pelos homens. A Igreja deve enfrentar o mesmo destino do seu Mestre. “Recordai a palavra que eu vos disse: um servo não é maior do que seu patrão. Se me perseguiram, também vos hão de perseguir” (Jo 15,20). A Igreja, portanto, segue o mesmo caminho e enfrenta o mesmo destino de Cristo, porque não age segundo uma lógica humana ou contando com as razões da força, mas seguindo o caminho da Cruz, e fazendo-se, em obediência filial ao Pai, testemunha e companhia de viagem desta humanidade.
Neste mês de outubro, mês missionário, somos chamados a intensificar a oração para o Espírito Santo, alma da missão, para que aumente na Igreja inteira, em todo o povo de Deus, a paixão de anunciar o Evangelho a todos os homens.

Fonte: Agência Fides

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CALARAM MAIS UM PROFETA NA AMAZÔNIA

Por Márcia Maria de Oliveira *

Na tarde escaldante deste dia 20 de setembro, milhares de pessoas, entre lágrimas e cantos, deram seu último adeus ao Pe. Ruggero Ruvoletto. O missionário de 52, da Diocese italiana de Pádua fora, covardemente, alvejado por um tiro certeiro, preliminarmente planejado nas rodas de "boca-de-fumo" do crime organizado de um dos bairros mais violentos da periferia da cidade de Manaus.
Na manhã do dia 19 de setembro, seu sangue profético regou o chão da Amazônia. O último gesto corajoso de Pe. Ruggero foi estampado na capa dos jornais da cidade: de joelhos junto de sua simples cama oferecera a Deus, em oração, talvez, seus últimos minutos de vida. Uma vida marcada pela missão corajosa junto aos mais pobres e excluídos da sociedade.
Desde que chegara à Amazônia no início de 2008, Pe. Ruggero iniciou sua caminhada de oblação. Com um histórico missionário de opção evangélica pelos mais pobres e esquecidos do nordeste brasileiro, em Manaus, foi designado a uma região da periferia da cidade. Aqui, encontrou inúmeros agentes de pastoral ansiosos por sua sábia ajuda. Também encontrou muitos desafios pastorais e um silêncio da população com relação à atuação do crime organizado do tráfico de drogas na região.
Sua missão, no início, desenvolveu-se timidamente num processo intenso de visita às famílias, de escuta, de abertura ao novo. Freqüentemente solicitava ajuda, nos nossos "debates sociológicos", para melhor compreender a dinâmica da cidade. Queria conhecer mais sobre os indígenas e ribeirinhos e entender porque continuam migrando, sempre em ordem crescente, para as periferias da cidade. Logo entendeu que a Amazônia vive um histórico de descaso dos poderes públicos nos municípios do interior e centraliza todos os bens e serviços nas capitais, principalmente na cidade de Manaus com seu fantasmagórico projeto de Zona Franca que canaliza todos os recursos federais para uma elite da indústria de montagem. Por isso essa realidade marcada pelo êxodo rural, pelos crimes ambientais, pelos conflitos agrários e pelas ocupações urbanas que indicam o grande déficit de políticas públicas de moradia, educação, emprego e segurança.
Sua presença simpática e acolhedora foi cirando laços de amizade e comprometimento. Sempre preocupado com as questões sociais, sugeriu a organização de um calendário permanente de debate sobre a situação das várias comunidades que atendia na Área Missionária Imaculado Coração de Maria (AMICOM). Sua intuição profética motivou várias iniciativas por parte das lideranças das comunidades e dos movimentos sociais na criação de espaços de formação permanente de lideranças tais como a Escola de Fé e Cidadania que abrange outras áreas. Não era presença somente na AMICOM. Logo passou a acompanhar a organização pastoral de outras áreas missionárias da Zona Norte da cidade. Passou a apoiar os organismos arquidiocesanos ligados à dimensão missionária e às Comunidades Eclesiais de Base.
Com uma prática litúrgica muito sensível e inculturada, fazia das celebrações eucarísticas momentos fortes de celebração da vida, das esperanças e do compromisso evangélico. Nas reflexões com os grupos nas comunidades ou nas famílias, embaixo das árvores, ou nas áreas externas nas pequenas casas, estava sempre atento aos clamores e lamentos das pessoas. Suas palavras davam novo alento e fazia o povo voltar a ter esperança em uma realidade marcada pela violência e pelo descaso das políticas públicas.
Depois de intensas reuniões e debates, juntamente com os agentes de pastoral, elaboraram uma carta-denúncia que foi lida, rezada e reformulada nas várias celebrações comunitárias. Na carta estava contido o clamor do povo que já não suporta mais tanta violência resultante do tráfico de drogas na região. Denunciava o descaso público para com a educação, o transporte coletivo, o abastecimento d’água e tantas outras deficiências por parte dos poderes públicos.
Com a carta-denúncia em mãos, o povo resolveu se pronunciar. Na manhã do dia 15 de agosto as ruas do bairro de Santa Etelvina foram tomadas pelos cantos e frases de protesto. Uma manifestação pacífica de centenas de pessoas cobrando o exercício pleno da cidadania. Esse dia marca o fim do silêncio e do medo histórico que amordaçava os moradores deste bairro. Durante a caminhada, Pe. Ruggero, o homem da palavra, não fez uso dos microfones. Sob um sol de quase 40 graus, acompanhou tudo de forma muito discreta, fotografando e distribuindo panfletos aos transeuntes e curiosos que saíam às portas para ver o povo passar.
Em dado momento, já na metade da manifestação, quando algumas pessoas lhe pediam para se pronunciar aos microfones, se aproximou e disse: "Márcia, estou pensando que é melhor eu não me pronunciar porque já vi passando algumas pessoas ligadas ao tráfico de drogas que vêm me ameaçando e me ‘aconselhando’ a deixar essas denúncias de lado. Eu lhe garanto que não vou deixar a luta porque já não é mais possível ficar calado diante de tanta violência e injustiça. Não agüento mais ouvir tantas mães desesperadas com seus filhos nas drogas sem poder fazer nada. Sei que é arriscado, mas não tenho medo".
Foi uma das últimas conversas que tivemos. Uma semana depois passou rapidamente por minha casa depois da celebração e comentou que estava animado com a repercussão da carta e da manifestação. Novamente afirmou que se sentia ameaçado por pessoas ligadas ao tráfico de drogas do bairro de Santa Etelvina que atuavam também nos bairros visinhos, especialmente no Lagoa Azul. Parecia muito preocupado, mas sempre destemido, reafirmava o compromisso com a causa da justiça. Como sempre fazia, pediu algumas orientações no campo sociológico. Queria entender por que a pouca polícia que atua nos bairros da periferia não inspira a confiança do povo? Por que os assaltos aos ônibus coletivos e residências continuam aumentando e por que o 12º Distrito Policial do Bairro continuava desativado e sem nada que o substituísse? Comentou ainda sobre o alto índice de assassinatos no bairro, quase todos ligados ao tráfico de drogas. Estava muito preocupado, principalmente com os jovens, vítimas das drogas e da prostituição. Ao se despedir toquei no assunto das ameaças. Olhou-me sereno e, sorrindo me disse: "estou tranqüilo. Sei que esse tipo de gente, quando quer matar, não manda recados".
Nas semanas que se passaram continuou se pronunciando sobre a necessidade da organização popular. Mas, parecia mais discreto do que o habitual. Talvez percebera que era preciso ter mais cautela pois estava mexendo numa "caixa preta" que envolve grandes traficantes e gente da polícia.
Após seu assassinato, a polícia trabalha com a suspeita de latrocínio. Pode ser que vão seguir com esta versão para não ter muito trabalho com a investigação. É mais simples afirmar que foi roubo seguido de assassinato. Muitos dos que estavam no velório também acreditam nesta versão. Talvez porque já estão habituados a acreditar em tudo o que a polícia diz, mesmo quando não se tem fundamentos convincentes. Entretanto, várias das milhares de pessoas que lotaram o ginásio de esportes do Santa Etelvina para se despedir do Pe. Ruggero, não acreditam nessa "orquestração". O povo sabe a verdade. Talvez tenha medo de dizer, mas o certo é que sabe que não foi nenhum "ladrãozinho", como afirma a polícia que alvejou o padre. Pode até ser que um ladrãozinho tenha sido contratado para disparar o tiro certeiro. Mas, todos sabem que por traz disso estão os controladores do tráfico que se sentiam incomodados com a atuação do Pe. Ruggero.
Desde que se espalhou a notícia, a comoção tomou conta de todos. Centenas de pessoas, durante todo o dia de sábado estiveram organizando o local do velório, preparando os cartazes de despedida, ensaiando os cantos e o último adeus. A chegada do corpo tomou a todos de grande comoção. Durante toda a noite de sábado e a manhã deste domingo, as comunidades se revezaram para prestar sua última homenagem. Algumas pessoas vinham de longe, trazendo flores dos seus jardins, como é costume na região. Uma adolescente "coroinha" trouxe pétalas vermelhas e espalhou ao redor do caixão. Chorava e falava baixinho com ele certa de que era escutada. Os idosos se aproximavam e o chamavam de "filho querido". Foram inúmeras as demonstrações de carinho e emoção junto ao caixão. Na celebração da oblação, um gesto muito forte: representantes das várias comunidades se aproximaram do caixão no momento do ofertório, o levantaram e o ofereceram ao altar da imolação. Nas falas e nos cartazes o destaque era o clamor por justiça.
Até a hora da despedida, o povo seguiu cantando "se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão!" Todos os momentos de oração e celebração foram marcados por muitos gestos que falavam por si e por cânticos alegres e muito bem cantados seguindo o ritmo das águas dos rios e da sinfonia da floresta e das coisas bonitas da Amazônia.
No início desta manhã, um sinal importante indicava que "a semente que caiu na terra vai logo brotar": Os agentes de pastoral da AMICOM e as lideranças dos movimentos sociais se reuniram logo cedo, ali mesmo, num cantinho do ginásio e formularam um pequeno panfleto exigindo justiça. Deliberaram as tarefas e em poucas horas, o folheto já havia sido digitado, fotocopiado e distribuído a todas as pessoas que estiveram na celebração enquanto alguns jovens saíram pelas ruas do bairro distribuindo-o a todos e convocando para uma manifestação no dia seguinte à missa de sétimo dia. O resumo do folheto afirma que a morte do Pe. Ruggero não será em vão. O último parágrafo é digno de reprodução neste breve ensaio: "Por isso gritamos que chega de violência! Queremos paz e ação enérgica do governo que tem sido incompetente e mentiroso afirmando que, por causa dele, devemos ter orgulho de ser amazonenses".
Resta concluir que o Pe. Ruggero é mais um mártir da Amazônia e que sua luta seguirá na vez e na voz de todos aqueles e aquelas que descobriram que sua esperança está na força da união. Essa gente, ninguém mais segura. Oxalá que o sangue derramado deste profeta regue o chão da Amazônia e produza muitos frutos de justiça.
Manaus, 21 de setembro de 2009.

* Socióloga e Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia. Coordenadora do Departamento de Educação do Serviço de Ação, Reflexão e Educação Social - SARES

Fonte: Adital

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Informativo sobre o lançamento do subsídio "Caminhando nº23"


Dia 29 de setembro de 2009. As 19h30min na Igreja de Nossa senhora de Guadalupe em Curitiba. Durante a missa presidida pelo arcebispo metropolitano de Curitiba, Dom Moacir José Viti. Vai acontecer o lançamento do “caminhando nº23”; subsidio arquidiocesano para grupos de reflexão nas famílias para o ano todo, onde a equipe do Centro Cultural Conforti contribuiu na preparação de dois encontros a respeito da Paróquia Missionária.



Fonte: Centro Cultural Conforti

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Setembro, Mês da Bíblia


Há 38 anos a Igreja do Brasil celebra no mês de setembro o Mês da Bíblia. A celebração teve sua origem na arquidiocese de Belo Horizonte, em 1971, e foi se espalhando para todo o Brasil.
O objetivo do mês da Biblia, segundo a assessora da Comissão Bíblico-Catequético da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Maria Cecília Rover, é infundir no povo a convicção de que a Palavra de Deus é, por excelência, o livro que deve ser inserido na vida de cada pessoa. Fazer com que as famílias sintam necessidade de ter uma Bíblia em casa e incentivar a reunião das comunidades para o estudo e a vivência da Palavra de Deus.
“A centralidade da Palavra de Deus tem impulsionado a vida e a ação evangelizadora da nossa Igreja. A redescoberta da Sagrada Escritura e o seu uso constante por todas as Igrejas Cristãs no Brasil tem sido muito significativo para o processo e crescimento da experiência da fé das comunidades espalhadas pelo nosso imenso país”, afirmou a assessora da CNBB.
Sobre o mês da Bíblia, o membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom Jacinto Bergmann, explica que setembro é dedicado de forma especial “à Palavra de Deus”, e que o período é um estímulo para os fiéis se tornarem responsáveis pela causa de Jesus por meio do discipulado. “Isso também nos ajudará a sermos mais discípulos missionários de Jesus Cristo - Caminho certo, Verdade segura e Vida plena”, enfatizou.
Para este ano o livro proposto é a Carta de São Paulo ao Filipenses, cujo tema é “Alegria de servir no amor e na gratuidade” e o lema: “Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus” (Fl 2,5).

Fonte: CNBB

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ABRAÇANDO UMA NOVA CULTURA


O estudante xaveriano Angelo José Cartelli Junior, após ter feito o noviciado e consagrar-se a Deus, partiu para a missão. No dia 23 de Agosto, ele deixou o Brasil e partiu para Filipinas, Manila. Nesta nova realidade missionária, ele realizará seus estudos teológicos em preparação para sua ordenação sacerdotal. Depois de duas semanas na sua nova comunidade xaveriana, Angelo nos escreveu para falar um pouco sobre seu primeiro contato com a cultura que deseja abraçar:

Olá Comunidade!

Hoje Fez uma semana que estou em Manila: Filipinas. È ainda muito cedo para falar, mas desde já partilho esse momento que vem sendo muito especial para mim. Fiz uma viagem tranqüila e sem problemas.
O ato missionário de “atravessar a outra margem” não é fácil, mais do que coragem é um ato de fé. Na travessia do mar percebemos que tiramos os pés de algo sólido, seguro e conhecido. Algo que amamos, e que deixamos. Mas com o sentimento de expectativa, aguardando avistar o outro lado da margem.
Ao chegar e por os pés no chão, iniciamos pequenos passos, mesmo que ainda tímidos e inseguros. Todavia sinto-me bem acolhido, sem falar o carinho da comunidade para comigo, em especial do Pe. Everaldo, ou melhor, Pe. Aldo como preferem chamá-lo aqui. É uma pessoa que me ajuda muito, em especial na questão da comunicação.
Acredito que a experiência mais bonita da teologia, qual venho começando a fazer; é o encontro entre as culturas. Quem diria que um dia estaria na mesa junto com um filipino, indonesiano, bengalês, congolês, camaronês, italiano e um mexicano. Afinal são oito nacionalidades. Que riqueza! Que oportunidade rara! A comunidade junto com quem já fez esse caminho instrui a dar passo por passo, com bastante tranqüilidade e serenidade. Assim venho caminhando.
A respeito das Filipinas e do povo filipino tive algumas oportunidades de sair andando pelas ruas. No mercado, não tem como eles não perceberem que ali passa um estrangeiro, alguém diferente; pois eles tem uma afeição própria e típica do filipino. Em algumas regiões todos colocam na frente das casas, um pequeno comércio, fazendo do local um grande mercado. É um país como qualquer outro, que tem dentro de si: primeiro, segundo e terceiro mundo; situações de desigualdades lamentáveis.
Assim como há regiões precárias que assustam, há regiões bonitas, que transmite dignidade e encanto. O que não falta em Manila é shopping, são estruturas enormes e belíssimas, que praticamente nunca vi algo semelhante no Brasil. Terça-feira, dia 1º de setembro, começa o curso de inglês, estou bastante animado. Desejo para vocês uma boa caminhada e um ótimo EFOX, estarei sempre rezando por vocês aqui do outro lado do mundo.

Um abraço fraterno!! Felicidades!

Angelo José Cartelli Junior.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

CONFIANTES NA AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO

“Para que os cristãos no Laos, no Camboja e em Mianmar, que encontram frequentemente grandes dificuldades, não desanimem para anunciar o Evangelho aos seus irmãos, confiando na força do Espírito Santo”.

Comentário à Intenção Missionária indicada pelo Santo Padre para o mês de setembro de 2009

Durante os 20 séculos de história da Igreja calcula-se que cerca de 43 milhões de cristãos foram martirizados. A metade deles foi morta no século passado, justamente no período que pretendeu caracterizar-se pela sua tolerância. Ainda em nossos dias, em diversas regiões do mundo, os cristãos encontram muitas dificuldades para viver e testemunhar a sua fé, sofrendo opressões, violências, limitações, chegando a derramar o seu próprio sangue pelo nome de Cristo.
A intenção missionária deste mês convida-nos a voltar o nosso pensamento especialmente para três nações do grande continente asiático, o Camboja, o Laos e Mianmar, onde mesmo percebendo-se sinais de liberdade, a Igreja continua a sofrer os efeitos da perseguição religiosa do século passado ou é discriminada em relação a outras religiões.
Quando ficamos sabendo que os nossos irmãos sofrem diariamente por serem católicos, custamos a acreditar, mas os fatos acabam por provar isso. Esses irmãos são um ótimo remédio para a nossa fé, muitas vezes medíocre e acomodada. É verdade que alguém ama realmente quando está disposto a sofrer por aquilo que ama. Eis porquê a perseguição e o martírio continuam a ser testemunhos de amor heróico de alguns membros do Corpo de Cristo. João Paolo II, na Exortação apostólica Ecclesia in Asia, afirma: “exorto os irmãos e as irmãs destas Igrejas que vivem em circunstâncias difíceis a unir os seus sofrimentos aos do Senhor crucificado, pois nós e eles sabemos que somente a Cruz, quando levada com fé e amor, é caminho para ressurreição e a vida nova para a humanidade” (Ecclesia in Asia, n. 28).
A efusão do Espírito Santo e fruto da cruz de Cristo, e do mesmo modo, o Espírito conduz e guia para a cruz. Ele dá força e robustez com a sua presença vivificante à vontade dos homens que amam e que passam as suas vidas buscando agradar a Deus em tudo.
Devemos pedir insistentemente o dom da força para os nossos irmãos. Este dom é um impulso sobrenatural que dá vigor à alma não somente nos momentos dramáticos como aqueles de martírio, mas também nas habituais condições de dificuldade: na luta para serem coerentes com os próprios princípios; em agüentar as ofensas e os ataques injustos; na perseverança, inclusive nas incompreensões e nas hostilidades, no caminho da verdade e da honestidade. Nessas condições, não é fácil apresentar a mensagem cristã. A tentação de um silêncio traidor, às vezes insinua-se para evitar o sofrimento. Porém, o amor é sempre maior do que o medo.
Devemos rezar pelos nossos irmãos para que neles se tornem realidade as palavras de São Paulo: “Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte” (2Cor 12,10). Esta força que vem do sofrimento é um dom de Cristo no seu Espírito. Este testemunho de coragem e de fidelidade em meio às perseguições tem uma força apostólica imensa.
Papa Bento XVI recordou, “com uma especial proximidade espiritual, os católicos que mantêm a sua fidelidade a Cristo e à Sé de Pedro sem ceder a compromissos, às vezes pagando com grandes sofrimentos. Toda a Igreja admira o exemplo deles e reza para que tenhamos a força de perseverar, sabendo que as suas atribulações são fonte de vitória, mesmo que no momento possam parecer um fracasso” (Ângelus de26 de dezembro de 2006).
Podemos estar certos, baseados na palavra de Jesus, que se pedirmos com o coração, receberemos. Rezemos o Espírito Santo para os nossos irmãos: que os apóie na dor, nas dificuldades e na perseguição, a fim de que possam ser testemunhas do amor de Deus e da sua paz.

Fonte: Agência Fides

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

FORMANDOS XAVERIANOS NAS TEOLOGIAS INTERNACIONAIS


A família Xaveriana comemora com alegria as destinações dos neoprofessos: Adriano, Angelo e Francisco para as teologias internacionais. A profissão religiosa destes três jovens aconteceu no dia 06 de julho em Hortolândia-SP. Depois desta, passaram um tempo de férias com a família de origem. Em seguida partiram para as teologias internacionais.
Adriano, África: Camarões, Yaoundé; Angelo, Filipinas: Manila e Francisco, Itália: Parma.
Com o coração aberto e disposto a ouvir o apelo de nosso senhor Jesus Cristo, estes três Jovens se lançam para águas mais profundas, para mais uma etapa de aprendizagem missionária, de fé e anúncio.

FORMAÇÃO MISSIONÁRIA PARA SEMINARISTAS


Aconteceu no Mês de julho a formação Missionária para seminaristas, o encontro foi realizado em Brasília no Centro Cultural Missionário, dos dias 12 a 22 de julho. O curso contou com aproximadamente 40 estudantes de toda região do Brasil.
A finalidade do encontro foi crescer nos jovens uma maior consciência para a realidade da Missão hoje, e de como ela vem se desenvolvendo em todo o mundo, (dimensão ad gentes). Proporcionou uma abertura maior à missonariedade da Igreja, envolvendo-a como um todo.
Dentre os participantes destaca-se a presença dos estudantes xaverianos, Ivanildo, Ricardo, Adriano, Tiago, Rafael, Wellington e Jonas. Para esses jovens, aprender mais sobre a dimensão missionária faz parte do seu dia a dia como formando xaveriano. Os estudantes dedicam-se desde a etapa formativa, o encontro à dimensão missionária Ad gentes como propósito e segmento de vida.
Além das palestras foram realizados momentos informais, como noite cultural, partilha das experiências missionárias, trabalhos em grupo, esporte e passeio.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

II ENCONTRO DE FORMAÇÃO PARA ASSESSORES DA INFÂNCIA MISSIONÁRIA

O II Encontro de formação para assessores da Infância Missionária aconteceu no dia 21 de junho. O tema trabalhado neste encontro foi a “BUSCAR A PAZ ENTRE AS PESSOAS E A NATUREZA”. Este tema foi apresentado pelo pe. Sante Gatto. Contudo, tivemos também a apresentação dos Dez mandamentos da Infância Missionária e o programa de vida. E foi concluído este encontro com a Celebração Eucarística.



















AGOSTO: MÊS VOCACIONAL


O mês de agosto, como mês vocacional, foi indicado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – em 1981, na sua 19ª Assembléia Geral. Em 1983, reforçando esta caminhada, foi celebrado em todo o Brasil um Ano Vocacional. O objetivo principal foi o de instituir um tempo, o mês de agosto, voltado prioritariamente para a reflexão e a oração pelas vocações e os ministérios. A Igreja, cumprindo a ordem de Jesus, deve rezar ao Senhor da Messe para que envie operários para a sua messe. A nova evangelização necessita de muitos e qualificados evangelizadores: cristãos e cristãs - leigos comprometidos, consagrados e consagradas totalmente doados ao Reino, ministros ordenados que sejam verdadeiros pastores e sinais de comunhão e unidade do povo de Deus.

Primeiro Domingo: Dia do Padre

No primeiro domingo do mês vocacional, motivados pela festa de São João Maria Vianney, padroeiro dos párocos, celebramos o dia do padre. Haveria necessidade de um dia especialmente para o padre? Do ponto de vista da comunidade eclesial é importante ressaltar o lugar e a missão de todos os ministros ordenados, ou seja, os diáconos, os padres e os bispos. O 1º Congresso Vocacional do Brasil, realizado em 1999, diz que a vocação dos ministros ordenados está a serviço das outras vocações. Logo, é serviço que organiza os demais serviços. Trata-se de um ministério em função dos outros serviços da comunidade. Evidentemente o padre, ou o sacerdote, o presbítero, como costumamos chamar, tem na vida da comunidade um valor muito grande. Desde que Jesus confiou a São Pedro o cuidado e pastoreio do rebanho, a Igreja sabe que a origem do ministério ordenado, também do padre, está no seguimento de Jesus e no seu chamado aos apóstolos, a quem confiou a missão de evangelizar. Ao padre – pai – compete ser sinal da unidade de todo o povo de Deus, contribuindo, pela caridade pastoral, para a edificação e o crescimento da comunidade, de forma que ela seja cada vez mais evangelizadora e missionária.
Rezemos muito pela perseverança e fidelidade de nossos presbíteros. Supliquemos ao Senhor da Messe para que envie para a nossa cidade muitos e santos padres. No dia do padre vamos elevar nossa ação de graças a Deus e expressar nossa gratidão, carinho e afeto para com os padres de nossas comunidades. Eles foram escolhidos por Deus, chamados por Jesus e enviados pelo Espírito Santo.

Segundo Domingo: Dia dos Pais

Um dia para a família. No segundo domingo do mês vocacional celebramos a vocação da família, tendo presente o dia dos pais. A família vem sofrendo muita violência e agressão, em seu sentido e em seus valores, passando por um processo de desestruturação. Mas é verdade também que existe um clima favorável à reflexão, à oração, ao afeto, à gratidão para com os pais, uma retomada do lugar fundamental da família. A família é chamada por Deus a ser pai, a ser mãe, a gerar vida, a ser testemunhas do amor e da fraternidade. É sinal de Deus Pai Criador. A Igreja no Brasil, consciente da importância da família no plano da salvação e no projeto de evangelização, quis lhe dedicar um dia especial. Nesse sentido o segundo domingo de agosto é dedicado à família como vocação e missão.

A vocação da família. Se expressa na aliança da Trindade com a humanidade na continuidade e garantia da vida, e vida plena. Concretiza o projeto de Deus para os homens e mulheres que é vida e dignidade. No amor e na fidelidade da família se encontra o sinal visível e palpável, pelo sacramento do matrimônio, do amor e da fidelidade do próprio Deus.É o espaço e o ambiente ideal para aprofundar e formar a consciência vocacional das crianças, dos adolescentes, dos jovens; enfim, a responsabilidade vocacional de todos. Diz o Papa João Paulo II que “os pais servirão verdadeiramente a vida dos seus filhos, se os ajudarem a fazer da própria existência um dom, respeitando as suas escolhas maduras e promovendo com alegria cada vocação, mesmo a vocação religiosa e sacerdotal”. Que grandiosa e bela vocação tem a família.

A família, celeiro das vocações. A família, pelo sacramento do matrimônio, participa da missão educativa da Igreja, que é mestra e mãe. Denominada igreja doméstica a família oferece as condições favoráveis para o nascimento e o crescimento das vocações. As famílias têm a missão de educar seus filhos e filhas para uma autêntica vida cristã. Ao cultivarem os valores da fé a família abre espaços e tempos para que os filhos possam discernir o chamado de Deus. Na verdade uma autêntica família cristã, testemunha fiel no mundo e comprometida com os ministérios na comunidade, proporciona um confronto sadio entre os ideais e sonhos dos adolescentes e jovens com as propostas do Evangelho, as necessidades da Igreja e da humanidade. A família é o celeiro, é o campo e a messe, é a sementeira das vocações e dos ministérios,

Amor à família. No dia da família, de sua vocação e de sua missão na Igreja e no mundo, elevemos nosso louvor a Deus e nossa gratidão aos pais e à família que temos. Mesmo que muitos homens e mulheres não assumiram sua responsabilidade de pais, mesmo que muitos filhos e filhas estejam abandonados e excluídos de um aconchego familiar, de uma casa, temos a responsabilidade de anunciar e propor a família e seus valores como fundamentais para que a vida não se perca e o Evangelho seja vivido e anunciado. Nossa vocação é a da inclusão de todos em uma família, que seja fraterna, justa, solidária, missionária, evangelizadora.
Vamos seguir o exemplo da família de Nazaré que, em sua pequenez e humildade, se fez a servidora do Senhor. Somos todos a família de Deus.

Terceiro Domingo: Dia da Vida Religiosa

Um dia para a vida religiosa. No terceiro domingo do mês vocacional celebramos a vocação religiosa. Quando nos referimos à vida religiosa temos presente os homens e mulheres que vivendo em comunidade, buscam a perfeição pessoal e assumem a missão própria do seu Instituto, Ordem ou Congregação. Na solenidade da Assunção de Maria ao céu, a Igreja lembra que a Mãe de Jesus é modelo para todos os cristãos, e, de forma particular, dos que se consagram a Deus pelos conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência. Hoje existem diferentes formas de vida consagrada, desde os que testemunham a fé em comunidades, apostólicas, contemplativas e monásticas, até os que, pessoalmente, se inserem nas realidades profissionais e evangelizadoras, e aí vivem sua consagração e missão. Recordamos aqui os inúmeros Institutos Seculares. Na Igreja do Brasil lembramos dos consagrados e consagradas no terceiro domingo de agosto. O Papa João Paulo II instituiu uma data especial para a vida consagrada, dia 2 de fevereiro, festa da Apresentação do Senhor.

A vocação à vida consagrada. O fundamento evangélico da vida consagrada está na relação que Jesus estabeleceu com alguns de seus discípulos, convidando-os a colocarem sua existência ao serviço do Reino, deixando tudo e imitando mais de perto a sua forma de vida. A origem da vida consagrada está, pois, no seguimento de Jesus Cristo a partir da profissão pública dos conselhos evangélicos. A referência vital e apostólica são os carismas de fundação. Sua função consiste em dar testemunho de santidade e do radicalismo das bem-aventuranças. Exige-se dos consagrados total disponibilidade e testemunho de vida, levando a todos o valor da vocação cristã . São sinais visíveis do absoluto de Deus através do sinal de Jesus Cristo histórico pobre, casto e obediente.

A missão da vida consagrada. A vida consagrada, em suas diversas formas, tanto apostólica como contemplativa e monástica, é evangelizadora pela sua própria existência. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil dizem que a vida consagrada evangeliza na medida que “vive radicalmente a experiência cristã e testemunha a entrega total no seguimento de Cristo”. Não só, o melhor serviço está na “força pastoral que lhe vem sobretudo do fato de ser expressão do seguimento de Cristo no meio do Povo de Deus que é sinal de esperança para ele”. A presença dos consagrados e consagradas em nossas comunidades é significativa e imprescindível, pelo que são e pelos serviços que prestam nos diferentes campos pastorais. Os religiosos e religiosas encontraram novas maneiras de viver em comunidades inseridas e de animar as comunidades eclesiais e as pastorais específicas. Ou seja, em tudo a vida consagrada tem aprofundado sua consagração a Deus na vivência dos conselhos evangélicos em vista da construção do Reino.
Vamos rezar pelos religiosos e religiosas, pelos consagrados e consagrados, para que sejam entre nós sinais vivos e confiáveis do amor de Deus e de seu Reino. Com eles vamos formar a grande comunidade, que é a Igreja, em sua missão de evangelização.

Quarto Domingo: Dia dos Mistérios Leigos e quando há um quinto domingo: Dia dos Catequistas

Um dia para os catequistas e os ministérios leigos. No quarto domingo do mês vocacional lembramos dos catequistas. Eles são, por vocação e missão, os grandes educadores da fé na comunidade cristã. Junto com eles, e tendo-os como símbolo e referência, recordamos hoje também todos os que na comunidade e na sociedade assumem ministérios e serviços. Na Igreja do Brasil temos um número muito grande de catequistas. São homens e mulheres que, cientes de sua responsabilidade cristã, assumem o serviço de educar e formar crianças, jovens e adultos, preparando-os não só para os sacramentos, de modo particular a eucaristia, mas para testemunhar com a própria vida a pessoa de Jesus e o seu Evangelho. Da catequese familiar e eclesial depende a maturidade da fé dos cristãos e a vivacidade e o testemunho da Igreja.

A vocação do catequista. Ser catequista é ter consciência de ser chamado e enviado para educar e formar na fé. Sabemos que há diversidade de dons e de ministérios, mas o Espírito Santo é o mesmo. Existem diversos modos de ação, mas é o mesmo Deus que age em todos e realiza tudo em todos. É assim que nos diz a Bíblia, a Palavra de Deus. Carisma é um dom do alto, que torna seu portador apto a desempenhar determinadas atividades e serviços em vista da evangelização e da salvação. Todo catequista tem um carisma e recebe este dom, que assume a forma do serviço da catequese na comunidade. É uma graça acolhida e reconhecida pela comunidade eclesial, que comporta estabilidade e responsabilidade. Ser catequista é uma vocação e uma missão.

A missão dos catequistas. Uma das preocupações fundamentais da Igreja hoje é a formação de seus agentes pastorais. Temos necessidade de muitos e santos evangelizadores. A vocação é essencialmente eclesial e está destinada ao serviço e ao bem da comunidade. A Igreja, como assembléia dos vocacionados à santidade, tem o compromisso e o dever de preparar adequadamente, seus filhos e filhos, para que realizem, com fé, amor e eficácia, o projeto de evangelização. Pela catequese a Igreja contribui para que cada batizado cresça, amadureça e frutifique sua fé. Sabemos que uma das tarefas mais importantes da Igreja é ajudar cada um a encontrar seu projeto de vida, a perceber o chamado de Deus. Catequistas bem preparados e cheios do Espírito de Deus podem trabalhar a dimensão vocacional no conteúdo e na metodologia da catequese, de forma que ela favoreça o despertar vocacional e o engajamento eclesial. Na própria formação dos catequistas deve-se contemplar a dimensão vocacional.

Apoiar e incentivar os catequistas. Que riqueza imensa ter na comunidade muitos e santos catequistas. Com seu empenho e compromisso contribuem também para a preparação das novas gerações de batizados. Eles são pais, mães, irmãos, irmãs, amigos, das crianças, dos adolescentes, dos jovens, dos adultos. Estabelecem relações de amizade e afeto, de confiança e credibilidade. Através dos catequistas a Igreja expressa sua missão de anunciar a pessoa de Jesus e o seu Reino. Hoje é dia de rezar por esses homens e mulheres que, apesar de todos os outros compromissos familiares e profissionais, com gratuidade se doam ao serviço da catequese. Devemos a eles muito do que somos e vivemos como cristãos. Todos nós tivemos um dia um catequista, a começar de nossos próprios pais. Ao mesmo tempo apoiemos e encorajemos os que na comunidade assumiram um serviço, um ministério. Vamos rezar para que continuem sendo abençoados por Deus e vivam com fé e amor a vocação e missão recebida.

Fonte: Serviço de Animação Vocacional - SAV

terça-feira, 25 de agosto de 2009

4ª SEMANA: VOCAÇÃO PARA OS MINISTÉRIOS E SERVIÇOS NA COMUNIDADE E NA SOCIEDADE


Chegamos a 4ª e última semana do mês de agosto, e nesta semana a Igreja reza pelas vocações dos leigos e leigas. Estes, a exemplo das demais vocações que celebramos no mês vocacional, são também chamados pelo Senhor Jesus para uma missão na comunidade eclesial e no mundo.

Os leigos e leigas são "incorporados a Cristo, pelo batismo, e com isso formam o povo de Deus e participam das funções de Jesus: sacerdote, profeta e rei" (cf. Documento de Aparecida, 209).

Na comunidade eclesial e na sociedade, os leigos e as leigas contribuem para a vivência e o anúncio do Evangelho do Reino de Deus. Na comunidade desempenham várias atividades: Catequistas; Ministros da Palavra e Eucaristia; serviço aos pobres e doentes, entre outras tarefas. Além desses serviços prestados à Igreja, os leigos e leigas têm um papel fundamental no mundo. Eles são chamados nos diversos campos do trabalho, da cultura, das ciências, da política, da economia, da educação e etc, a exercer sua ação evangelizadora, testemunhando e irradiando sua fé. Sendo enfim, "sal da terra e luz do mundo" (Mt 5, 13-14; Mt 13, 33). Contudo, os leigos e as leigas com seus dons e carismas, recebidos do Espírito Santo, engrandece a vida e missão da Igreja.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

3ª SEMANA DE AGOSTO - VOCAÇÃO PARA A VIDA CONSAGRADA


A vida consagrada é chamada a viver a forma de vida que Cristo escolheu para a este mundo: vida virginal, pobre e obediente, adquirindo uma típica e permanente visibilidade no meio do mundo, atraindo o olhar de muitos para o mistério do Reino de Deus. Esse modo de seguir Jesus Cristo se expressa na vida religiosa contemplativa e missionária, nos institutos seculares, sociedades de vida apostólica e outras novas formas que, na alegria de “dar testemunho da absoluta primazia de Deus e de seu Reino” (DAp 219), anunciam: “Há esperança no caminho!”

Fonte: CNBB - Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada

2ª SEMANA DE AGOSTO – VOCAÇÃO PARA A VIDA EM FAMÍLIA


Na 2ª semana de Agosto, a Igreja se dedica à oração pelas famílias. A família, pequena Igreja, deve ser junto com a paróquia,o primeiro lugar para a iniciação cristã das crianças. Ela oferece aos fi lhos um sentido cristão de existência e os acompanha na elaboração de seu projeto de vida, como discípulos missionários(cf. DAp 302). Cumprindo a sua missão, a família é sinal de que “Há esperança no caminho!” (cf. CNBB -Comissão Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada). A família considerada pelo Concílio Vaticano II como "Igreja Doméstica" participa da missão da Igreja. Ela constribue para a formação de homens e mulheres comprometidos com a vida e com a causa do Reino de Deus.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

3º ENCONTRO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA MISSIONÁRIA

O 3º encontro da Infância e Adolescência Missionária aconteceu no dia 17 de maio. O tema do encontro foi “DIÁLOGO INTERCULTURAL E INTER-RELIGIOSO, CAMINHO PARA A PAZ”. Neste dia, os assessores infantis entraram em contato com alguns aspectos da cultura indiana, da missão do apóstolo Paulo e observaram lugares que fazem parte do Patrimônio da Humanidade, vendo também alguns monumentos históricos de Kyoto, Japão. Nos trabalhos em grupos, os assessores puderam conhecer as diferentes religiões. Depois disso, elas apresentaram aquilo que conheceram. Este dia de formação contou ainda com o testemunho missionário do pe. Joaquim, indiano e missionário da Congregação do Verbo Divino, e foi concluído com a Celebração Eucarística, presidida pelo mesmo.

Confira as fotos deste encontro: