sexta-feira, 24 de julho de 2009

MENSAGEM DO SANTO PADRE PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2009


“O objetivo da missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos em seu caminhar na história rumo a Deus, pois Nele encontramos a plena realização. Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos, com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus.” Dirigir-se aos “irmãos no ministério episcopal e sacerdotal” e aos “irmãos e irmãs de todo o povo de Deus”, em sua mensagem para o Dia Mundial das Missões 2009, que se celebrará no domingo, 18 de outubro, o Santo Padre Bento XVI exorta “a reavivar em si a consciência do mandato missionário de Cristo de fazer discípulos todos os povos, seguindo as pegadas de São Paulo, o Apóstolo dos Gentios”.

Na mensagem intitulada, "As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24), o Santo Padre reitera ainda mais uma vez que “a Igreja não age para expandir o seu poder ou afirmar o seu domínio, mas para levar a todos Cristo, salvação do mundo” enquanto “o compromisso de anunciar o Evangelho aos homens de nosso tempo... é sem dúvida alguma um serviço prestado não somente à comunidade cristã, mas também a toda a humanidade”. De fato a dispersão, a multiplicidade, o conflito, a inimizade “terão paz e serão reconciliadas através do sangue da Cruz e reconduzidas à unidade.O novo início já começou com a ressurreição e a exaltação de Cristo que atrai a si todas as coisas, as renova, as tornam participantes da eterna glória de Deus”. Hoje em meio a contradições e sofrimentos do mundo contemporâneo, se acendem as luzes da esperança de uma vida nova, portanto o Pontífice sublinha que “a missão da Igreja é ‘contagiar’ de esperança todos os povos” e “Cristo chama, justifica, santifica e envia os seus discípulos para anunciar o Reino de Deus, a fim de que todas as nações se tornem Povo de Deus. É somente nesta missão que se compreende e se confirma o verdade... A missão universal deve se tornar uma constante fundamental na vida da Igreja . Anunciar o Evangelho deve ser para nós, como já dizia o apóstolo Paulo, um compromisso impreterível e primário”.

O Santo Padre recorda que a Igreja universal “se sente responsável pelo anúncio do Evangelho diante a povos inteiros” e “deve continuar o serviço de Cristo no mundo”, enquanto a sua missão não é “não se limitam às necessidades materiais ou mesmo espirituais que se exaurem no âmbito da existência temporal, mas na salvação transcendente que se realiza no Reino de Deus”. “A Igreja mira a transformar o mundo com a proclamação do Evangelho do amor”, ressalta ainda o papa, chamando a participar desta missão todos os membros e as instituições da Igreja.

Detendo-se em particular sobre a Missão ad gentes, Bento XVI ressalta a necessidade de “renovar o compromisso de anunciar o Evangelho, fermento de liberdade e progresso, fraternidade, união e paz”, empenho particularmente urgente considerando os “as vastas e profundas mudanças da sociedade atual”: “Animados e inspirados pelo Apóstolo dos Gentios, devemos estar conscientes de que Deus tem um povo numeroso em todas as cidades percorridas também pelos apóstolos de hoje... Toda a Igreja deve se empenhar na missio ad gentes, até que a soberania salvífica de Cristo não seja plenamente realizada”.

O dia dedicado às missões é também ocasião para recordar às Igrejas locais e aos missionários e às missionárias “que testemunham e propagam o Reino de Deus em situações de perseguição, com formas de opressão que vão desde a discriminação social até a prisão, a tortura e a morte. Não são poucos aqueles que atualmente morreram por causa de seu "Nome"... A participação na missão de Cristo, de fato, destaca também a vida dos anunciadores do Evangelho, aos quais é reservado o mesmo destino de seu Mestre”. Então o pontífice recorda que as Igrejas antigas como as de recente fundação, que são “chamadas a irradiar Cristo, Luz do mundo, até os extremos confins da terra”, portanto, “a missio ad gentes deve ser a prioridade de seus planos pastorais”. Agradecendo e encorajando as Pontifícias Obras Missionárias pelo “indispensável trabalho a serviço da animação, formação missionária e ajuda econômica às jovens Igrejas. Por meio destas instituições pontifícias se realiza de forma admirável a comunhão entre as Igrejas, com a troca de dons, na solicitude recíproca e na comum projetualidade missionária”.

Na conclusão o papa reafirma que “que a evangelização é obra do Espírito” por isso exorta todos os católicos para que peçam “ao Espírito Santo que aumente na Igreja a paixão pela missão de proclamar o Reino de Deus e ajudar os missionários, as missionárias e as comunidades cristãs empenhadas nesta missão, muitas vezes em ambientes hostis de perseguição. Convido, ao mesmo tempo, todos a darem um sinal crível da comunhão entre as Igrejas, com uma ajuda econômica, especialmente neste período de crise que a humanidade está vivendo, a fim de colocar as jovens Igrejas em condições de iluminar as pessoas com o Evangelho da caridade”.


Fonte: Agência Fides

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